Pessoas da comunidade LGBT que não se identifiquem ideologicamente com a esquerda e tampouco com os "bolsonaristas" são o foco de um novo grupo.
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O Movimento Brasil Livre (MBL) criou o MBLGBT, que tem à frante o vereador de São Paulo Fernando Holiday (Patriotas) e o advogado Tiago Pavinatto, ambos gays assumidos.
"A ideia é reunir todo mundo que é gay, que é simpático ao pensamento liberal, que não tem doutrinação de esquerda. Gente que gosta da direita, não é bolsonarista, é simpática ao liberalismo e precisa de alguma referência", explicou Pavinatto à Folha de S. Paulo.
"Estamos juntando para compartilhar experiências e saber o que buscar e qual é a melhor maneira de tratar a questão LGBT dentro do espectro do liberalismo. É para repartir experiências e propor ações", completa.
"Queremos discutir projetos de viés liberal que possam ser trabalhados em favor da causa, principalmente na iniciativa privada, mas também no poder público", afirma Holiday.
Para o vereador, o discurso da esquerda é muito dependente do estado e divergem da ideologia liberal pregada pelo MBL. "Além de uma associação partidária muito clara com comunistas e socialistas que se alinham internacionalmente com ditaduras que não representam o ideal de liberdade individuais."
Do bolsonarismo, o movimento rejeita o culto à ditadura militar e "uma constante utilização de meios homofóbicos para a tentativa de deslegitimar opositores ou críticos".
O novo grupo, recém-formado no WhatsApp, passou a sofrer ataques de bolsonaristas e neonazistas, por isso, os idealizadores buscam novas ferramentas para integrar participantes. Há uma página no Instagram também.
"É o começo de uma ideia. Temos tido problemas de homofóbicos e neonazistas que entram para ameaçar o pessoal que está lá, e é um público já vulnerável. Tem muita gente do interior de Estados que não são tão inclusivos como São Paulo, e estamos tendo que lidar com as carências dessas pessoas", diz Pavinatto.