A vereadora Marielle Franco, do Psol/RJ, foi assassinada a tiros no centro da capital fluminense, na noite de quarta-feira 14.
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Marielle voltava de um evento chamado "Jovens negras movendo as estruturas" no bairro da Lapa quando um carro emparelhou ao que ela estava e disparou ao menos nove tiros.
A vereadora foi atingida por pelo menos quatro tiros e morreu na hora. O motorista que a levava, Anderson Pedro M. Gomes, de 39 anos, também foi atingido e morreu no local.
Socióloga e com 38 anos, Marielle foi eleita com 46.502 votos nas eleições de 2016 - ela foi foi a quinta mais votada no Rio de Janeiro.
Há duas semanas, Marielle assumiu a relatoria de uma comissão da Câmara dos Vereadores do Rio para acompanhar a atuação das tropas federais na segurança na cidade. Ela era contra a intervenção militar.
Marielle tinha uma filha, Luyara, nascida quando a vereadora tinha 19 anos. Bissexual, Marielle defendia os direitos LGBT, mas tinha como suas principais bandeiras a luta contra o racismo e a igualdade das mulheres.
No Dia dos Namorados, 12 de junho, do ano passado, Marielle compartilhou foto ao lado da companheira com a legenda: "Porque hoje também é Dia das Namoradas! Toda forma de amor vale a pena! #ONossoAmorExiste".
A hipótese de Marielle ter sido morta por uma milícia é uma das mais prováveis. Sua morte causou comoção no Brasil e ganhou destaque na imprensa estrangeira.
Em nota, seu partido, o Psol, afirmou que "a atuação de Marielle como vereadora e ativista dos direitos humanos orgulha toda a militância do Psol e será honrada na continuidade de sua luta. Exigimos apuração imediata e rigorosa desse crime hediondo. Não nos calaremos".