A ex-tenista e lésbica Martina Navratilova é uma das mulheres que assinaram carta contra a presença de atletas transexuais na modalidade feminina dos esportes.
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O manifesto do grupo chamado Save Women's Sport (salvem o esporte das mulheres) foi divulgado na semana passada e assinado por 309 atletas e ex-atletas.
Muitas das mulheres subscreveram a carta apenas com iniciais ou anonimamente por medo de serem atacadas nas redes sociais ou sofrerem algum tipo de boicote.
O site Outsports, no entanto, conseguiu a relação de vários dos nomes, dentre eles, o de Martina, que encabeça o rol de assinaturas.
Anos atrás, a premiada tenista chamou transexuais de "homens que queriam ser mulheres", mas depois se desculpou.
As subscreventes do documento apoiam lei do Estado norte-americano de Idaho, descretada em 2019, que proíbe mulheres trans de competirem em categorias femininas.
A carta defende "preservar padrões de eligibilidade baseados na biologia na participação em esportes femininos".
As atletas e ex-atletas também pedem que a Associação Nacional Universitária Esportiva não exclua Idaho das competições por causa da proibição e que não dê ouvidos às táticas de bullying promovidas por quem é contra a legislação.
Martina, de 63 anos, aposentou-se das quadras em 2006 e foi a primeira atleta de elite a sair do armário em 1981.
Nascida em Praga, na República Checa, a ex-tenista é naturalizada norte-americana há 40 anos e vive na Flórida com a esposa, a russa Julia Lemigova, e suas duas filhas.