A Justiça de São Paulo condenou Lidiane Brandão Biezok por injúria racial, homofobia e lesão corporal contra clientes e funcionários de padaria em Perdizes, Zona Oeste da cidade.
A pena inicial seria de dois anos e quatro meses de reclusão em regime inicial aberto e de três meses de detenção em regime inicial aberto.
Entretanto, por conta de seu estado de saúde, que a juíza responsável pelo caso classificou como "semi-imputabilidade", a punição foi substituída por tratamento ambulatorial por no mínimo dois anos.
A defesa argumentou que a moça sofre de transtorno de personalidade. Lidiane foi submetida a perícia médica que diagnosticou que sofre, de fato, de transtorno de personalidade emocionalmente instável e do quado chamado de borderline.
O episódio de discriminação aconteceu há dois anos. De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público à Justiça, Lidiane pediu um lanche na padaria Dona Deola e disse para a atendente que se não estivesse bom jogaria o sanduíche na cara dela.
Na sequência, a mulher disse que o lanche estava um lixo e falou para a atendente frases como "Pega o meu resto" e "Você deve ser da Zona Leste e dar pra todo mundo lá”.
Ao ser impedida por clientes que estavam no local de continuar as ofensas, Lidiane passou a chamá-los de “viados” e “ aidéticos que só servem pra passar doenças”.
Além disso, um rapaz foi agredido com tapas no rosto e alvo de preconceito. "Além de ser preto, com cabelo de preto, é gay", disse a mulher para ela. Lidiane foi presa em flagrante. Gravações do episódio viralizaram na internet.