Noventa e dois por cento dos LGBT de 15 a 29 anos apresentaram recentemente algum problema de saúde mental, segundo dados de pesquisa Datafolha. O levantamento entrevistou mil jovens de capitais do Brasil.
A psiquiatra da infância e adolescência Gabriela Viegas Stump justifica o número ser maior na comunidade, já que 81% dos jovens heterossexuais apresentam esse comportamento.
“São pessoas que têm menos suporte emocional da família, mais chance de sofrer bullying, de viver em meios segregados, de não poder expressar sua identidade. Tudo isso torna a população LGBT como a de maior risco de problemas de saúde mental”, afirmou à agência Folhapress.
Além disso, Stump aponta a pandemia do Covid 19 como razão para a existência desses números elevados.
Segundo dados de pesquisa realizada pelo coletivo #VoteLGBT em 2021, 55,1% dos entrevistados identificaram piora na saúde mental em comparação com 2020, ano que marcou o início da pandemia.
Para Stump, é preciso que haja maior conscientização de que existem possibilidades de tratamento psicológico e psiquiátrico para problemas de saúde mental.