Homofobia: médico é condenado a pagar R$ 30 mil a cuidadora lésbica

Dorival Ricci Júnior expulsou profissional de hospital por causa da orientação sexual dela

Publicado em 29/05/2022
Médico Dorival Ricci Júnior é condenado por homofobia contra cuidadora lésbica em Paraíso do Norte, no Paraná
Médico e empresário discriminou cuidadora em seu hospital em Paraíso do Norte (PR)

Um médico paranaense de Paraíso do Norte (cerca de 515 km de Curitiba) foi condenado a prisão, multa e indenização por expulsar de seu hospital uma mulher por ela ser lésbica.

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Dorival Ricci Júnior foi denunciado pelo Ministério Pùblico do Paraná (MP-PR) após impedir a permanência de uma cuidadora de idosos em um hospital privado da cidade.

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"Não sei sei que espécie é, se homem ou mulher, aqui não pode. Saia do meu hospital", foi uma das frases ditas por Dorival.

A mulher acompanhava um paciente com dengue hemorrágica no Hospital Paraíso, de propriedade do médico, em 29 de janeiro de 2020.

Após sua saída, Dorival teria forjado, segundo o MP-PR, o "termo de responsabilidade de acompanhante" ao dizer que o paciente recusou a profissional por ela ser do sexo feminino.

Dorival foi condenado a um ano, três meses e 22 dias de reclusão em regime aberto e pagamento de multa de R$ 13.332 e de indenização de R$ 30 mil por danos morais.

A Justiça descartou a acusação de falsidade ideológica por falta de provas.

Ainda cabe recurso da decisão.

Médico e o hospital divulgaram nota conjunta afirmando que respeitam a diversidade sexual e não compactuam com nenhum tipo de preconceito.


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