Nós sabemos que brasileiros são preconceituosos, mas o quanto e em relação a quê? Um estudo divulgado na segunda-feira 9 pode dar algumas respostas.
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Chamada Skol Diálogos, a pesquisa da Skol em conjunto com o Ibope tem por objetivo evidenciar o preconceito que está no cotidiano dos brasileiros e propor uma reflexão sobre atitudes e comentários que podem afastar uns dos outros e encorajar um diálogo que promova mudanças.
O estudo foi calcado em quatro tipos de preconceito - machismo, contra LGBT, estético e racial. Considerando todos - os que se percebem como preconceituosos ou não - o machismo é o preconceito mais praticado (61%), seguido pelo racismo (46%), contra LGBT (44%) e contra gordos (30%).
Ainda que 83% dos entrevistados tenham dito que não se consideram preconceituosos, 73% já fizeram algum comentário ofensivo. Dos que se declaram preconceituosos, a "vítima" favorita deles (para 29%) são pessoas LGBT.
Embora 45% dos brasileiros consigam perceber o preconceito em frases ditas ou ouvidas em seu convívio, metade destas pessoas diz não reagir ao ouvir um comentário preconceituoso. Curiosamente, apenas 23% disseram que já falaram frases como "Isso é coisa de viado. Viadagem", mas 88% já ouviram alguem dizê-la. Essa proporção, digamos, de hipócritas, não muda muito em relação aos outros preconceitos - 24% já disseram a frase "Toda negra tem samba no pé", mas 87% já ouviram alguém falar isso, por exemplo.
"A Skol vem evoluindo sua comunicação nos últimos anos e realizar esta pesquisa é um dos frutos dessa mudança", afirmou a diretora de marketing da marca, Maria Fernanda Albuquerque. "Percebemos que poderíamos contribuir de forma mais profunda ao trazer dados recentes sobre o preconceito, colocando luz neste debate e propondo uma reflexão sobre como nossas atitudes podem afastar ou unir as pessoas."
"O diálogo aproxima e conecta as pessoas, derruba as barreiras que nos separa e essa pesquisa nos dá consistência para continuarmos essa conversa de maneira ampla e transparentem convidando a todos a participarem na construção de um mundo mais redondo e unido", analisa.
Moradores do Sudeste foram os que mais se declararam preconceituosos (21%), seguidos por pessoas do Norte/Centro-Oeste (18%), e Sul e Nordeste (13% cada). Foram ouvidas 2.002 pessoas entre 21 e 26 de setembro.