Um homem está processando a cidade de Vancouver, no Canadá, após sofrer violência de um pastor na rua. Sua alegação é de que o governo tem o dever de impedir ataques de ódio.
Justin Morissette teve dois ossos de uma perna quebrados e um joelho deslocado após confrontar Dorre Strother, que estava junto a outros adeptos do Ministério do Perdão de Cristo, pregando contra gays, em agosto de 2020.
O homem agredido acredita que se a polícia e a cidade em geral não permitisse que uma pessoa proferisse este tipo de fala em espaço público o incidente violento não teria ocorrido.
O local escolhido pelos religiosos foi estratégico: o West End, bairro identificado com a comunidade LGBT da cidade.
Assim que os viu, Morissette, que é locutor de rádio, os confrontou pedindo que abaixassem o som dos alto-falantes, e os religiosos o teriam atacado.
"Minha perna está super fod*** e isso é uma mer**", escreveu o locutor em seu perfil no Twitter, à época.
"Mas o homem violento que fez isso comigo teria feito isso, ou possivelmente muito pior, com outra pessoa no futuro se ele não tivesse sido preso esta noite", continuou.
Struther foi preso no dia e solto depois. Ele enfrenta acusações de agressão. Um mês antes, ele já havia sido preso por discurso de ódio.
Morissette está processando o agressor, a igreja da qual o homem faz parte, a polícia e a cidade.
"A cidade tem o dever de proteger esta comunidade e outras comunidades deste tipo de discurso de ódio e antagonismo", afirmou ao canal local CBC.
No processo, o locutor afirma que Strother escolheu propositalmente aquele bairro para provocar uma reação hostil à comunidade LGBT e "incitar a desordem pública geral".