Um homem receberá indenização milionária após processar duas gigantes da indústria de cigarros.
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A Justiça da Flórida, nos Estados Unidos, determinou que as empresas R.J. Reynolds e Phillip Morris paguem US$ 157,4 milhões (cerca de R$ 660 milhões) ao viúvo de um homem que morreu de câncer no pulmão.
Edward Caprio foi diagnosticado com doença pulmonar obstrutiva crônica em 1996. Ele morreu no início de 2018 aos 74 anos após ter dado inicio à ação contra as empresas.
Após sua morte, a Justiça permitiu que o processo continuasse, mas com o marido de Caprio, Bryan Rintoul, de 72 anos, como autor da ação.
Caprio fumava desde os 15 anos.
O júri culpou as empresas de tabaco por manipular os níveis viciantes de nicotina nos cigarros e comercializá-los para adolescentes, de acordo com a NBC News.
Quando Caprio começou a fumar, no final dos anos 1950, os riscos para a saúde não eram tão conhecidos como agora.
Um dos advogados de Rintoul disse que esta é a maior quantia nos últimos cinco anos em um caso de tabaco na Justiça e o primeiro caso por negligência dessas indústrias envolvendo casais do mesmo sexo.
Pelas leis da Flórida, um dos membros do casal não pode processar uma empresa por negligência pela morte do esposo ou esposa se ambos não tiverem se casado antes da doença aparecer.
Os dois homens se casaram apenas em 2015 após a Suprema Corte dos Estados Unidos legalizar as uniões homossexuais no país.
Eles estavam juntos há mais de 35 anos. Os advogados de Rintoul argumentarm que eles teriam se casado bem antes da doença ser diagnosticada se isso fosse possível no país.
O júri concordou.
O casal se conheceu anos anos 1970 quando trabalhavam em uma agência de publicidade. Rintoul afirmou que o marido tentou parar de fumar inúmeras vezes.
Em 2001, Caprio foi diagnosticado com câncer de pulmão e removeu dois terços do pulmão direito. Quando morreu, recebia tratamento de oxigênio 24 horas por dia.