O governador da Flórida, Ron DeSantis, sancionou, na segunda-feira 28, lei que proíbe falar de orientação sexual e identidade de gênero em escolas públicas do Estado norte-americano.
A lei "Parental High Education", que ficou conhecida como "Don't Say Gay" ("não diga gay"), vale para instituições de ensino voltadas ao jardim de infância e até a terceira série.
"Não me importo com o que Hollywood diz. Não me importo com o que as grandes corporações dizem. Aqui estou. Não vou recuar", disse DeSantis, pouco antes de assiná-la.
A legislação discriminatória foi criticada na recente edição do Oscar, no domingo 27, e por muitos atores, empresas e ativistas nas últimas semanas.
Em 24 de fevereiro, a lei foi aprovada com 69 votos a favor e 47 contrários pela Câmara dos Deputados da Flórida.
Defensores da legislação argumentam que são os pais que devem decidir quando e de que forma abordar estes temas com os filhos.
Entidade voltada ao combate do suicídio de jovens LGBT, o Trevor Project condenou a ação do governador e disse que a nova lei apaga "identidade, história e cultura LGBTQ - assim como os próprios estudantes LGBTQ".
Uma das ações contra a lei veio da Disney. A empresa, maior doadora de recursos para fundos eleitorais no Estado, anunciou que não fará nenhuma transferência de dinheiro este ano para nenhum político.
A Disney foi a maior contribuidora para a eleição do governador, que disputa a reeleição em 8 de novembro. DeSantis fez pouco caso da pressão da multinacional.
"A Disney está muito envolvida com o partido comunista da China e perdeu qualquer autoridade moral para nos dizer o que fazer", declarou dias atrás.
A nova lei entrará em vigor em 1º de julho.