Sete alunos da academia Unique, que fica na Asa Sul, em Brasília, foram expulsos após compartilharem um ofurô no último dia 7.
Quatro dias depois, cinco alunos receberam comunicado, por WhatsApp, afirmando que eles haviam violado regras, "conforme previsto na cláusula contratual".
A norma infringida seria a de "prática de qualquer conduta ofensiva, ilegal ou que, de alguma maneira, cause perturbação ao ambiente".
Os outros dois matriculados pediram rescisão do contrato antes de receberem a notificação de expulsão.
Dos sete alunos, seis são homens e uma é mulher e seis se identificam como parte da comunidade LGBT.
"Não houve nenhum ato libidinoso ou algo nesse sentido. Não fizemos nada que fugisse dos padrões", afirmou um dos alunos, que não quis se revelar, ao Metrópoles.
"Eu entendo que [a expulsão] foi um ato nada razoável. Se isso não é homofobia, eu não sei o que é. O que há de mais no fato de terem nove pessoas na banheira?!”
Ele também sugere que foram alvo de gordofobia. "Nós somos quem nós somos, e talvez isso incomode por não nos encaixarmos em padrões."
O grupo alega que não havia nenhum comunicado na banheira da unidade avisando sobre regras.
Dias antes da expulsão, alguns alunos procuraram gerentes da unidade expondo que a academia carecia de representatividade LGBT e que o espaço não era acolhedor para essas pessoas.
Um dos alunos banidos explica: "Eles [os alunos] questionaram, por exemplo, por que a academia não se manifestou no Dia do Orgulho LGBT, em 28 de junho. Os donos responderam com a pergunta: ‘Eu vou fazer o Dia do Orgulho Hétero também?!’. Disseram ainda que a orientação de comunicação deles segue as premissas da Igreja Católica, e que ele não faria uma postagem somente para provar que nós éramos bem-vindos ali."
A Unique afirma que o ofurô tem capacidade para três pessoas e limite de peso e que no dia nove pessoas entraram juntas ali. A academia ressarciu os valores para cada aluno por quebra de contrato.
