Ao tentar sair do Afeganistão, um homem gay foi enganado, agredido e estuprado por militantes do Talibã.
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A vítima, que não teve nome revelado, conversou com dois homens, de forma on-line, por cerca de três semanas.
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Seu objetivo era fugir do país, já que desde que o Talibã assumiu o controle do Afeganistão, no último dia 15, o prognóstico para homossexuais ficou ainda pior.
Mas o rapaz foi enganado. Ele, na verdade, estava falando com militantes do Talibã sem saber.
No encontro em Cabul, capital do país, os extremistas o agrediram e o estupraram.
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A dupla também forçou o homem a fornecer o número de telefone do seu pai, para que ele fosse avisado que o filho é gay.
Não é incomum em boa parte dos países do Oriente Médio que ao descobrirem a homossexualidade dos filhos, pais e mães, no mínimo, o expulsem de casa. Surrá-los, entregá-los a extremistas ou até matá-los com as próprias mãos também estão dentre as opções.
Ativista LGBT do país, mas vivendo atualmente na Turquia, Artemis Akbary foi quem revelou a história ao canal britânico ITV e diz que o Talibã está tentando passar imagem ao mundo de que é mais tolerante hoje em dia, mas que isso não é verdade.
"O [Talibã] está tentando dizer ao mundo 'Nós mudamos e não temos problemas com os direitos das mulheres ou direitos humanos'. Eles estão mentindo. O Talibã não mudou, porque sua ideologia não mudou", disse.
"Meus amigos no Afeganistão estão com medo, eles não sabem o que vai acontecer com eles no futuro, então eles estão apenas tentando se esconder."
Akbary acredita que a ameaça a pessoas LGBT hoje é maior do que quando o Talibã governou o país entre 1996 e 2001, já que o regime, agora, pode contar com facilidades, como as redes sociais, para ter informações e criar armadilhas às pessoas.
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