Post anônimo em rede social virou notícia ao questionar se não visitar o avô homofóbico no leite de morte seria falta de compaixão.
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Um homem gay publicou desabafo no Reddit com o título em inglês perguntando: "Eu sou um imbecil?"
No texto, o homem explica o porquê ele não visitará o familiar e questiona se ele tem culpa por essa decisão.
Ele lembra que já era "muito evidente" que ele seria gay já quando criança.
"Eu não era transgênero, mas queria ser uma princesa e, em algum grau, meus pais permitiam que eu me vestisse como uma e pintasse as unhas", conta.
Ele diz que era "extremamente feminino e gay" enquanto crescia e que seu avô tentou "endireitá-lo" fazendo-o assistir e jogar futebol, beisebol e "outras atividades masculinas".
Foi exatamente aí, por ironia do destino, vendo homens de shorts correndo, que ele se percebeu gay.
"Quando fiquei mais velho, trabalhei em um lava-jato e comecei a comprar minhas próprias roupas", recorda-se.
"Saltos, vestidos, maquiagens, eu não conseguia parar, estava eufórico com o fato de que ninguém podia me impedir de comprar minhas coisas enquanto eu trabalhasse para isso. Meus pais não gostaram, mas aceitaram."
O avô, no entanto, o chamava de "frutinha". "Ele não queria nada de mim, não olhava pra mim", diz.
E encerra: "A questão é que ele está morrendo e meus pais querem que eu o veja, mas eu não quero, aquele homem nunca me disse nada que fosse encorajador e não [não me importo] se ele 'lutou pela minha liberdade'. Estou cansado de elogiar os velhos que 'lutaram pela minha liberdade' e então fico furioso quando eu o expresso."
Muitos dos comentários foram de apoio ao autor do texto.
“Só porque alguém está em seu leito de morte não dá a ele o direito de ver alguém se essa pessoa não estiver em condições, especialmente se foi intolerante e zombou por anos”, escreveu um usuário.
Outro escreveu: “Seu avô não amou você como você era e tentou fazer de você alguém que você não é. Cortar relações é uma consequência natural desse comportamento."