Florianópolis conta com sua primeira casa de acolhimento de pessoas transexuais, travestis e não-binárias.
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O projeto, chamado Coletivo Casa Transcender, recebe apenas quem esteja em vulnerabilidade extrema - ou seja, sem ninguém que possa dar acolhida, dentre outros critérios.
"A permanência da pessoa na casa é motivada por diversos fatores como estar estudando, trabalhando ou buscando emprego ativamente, auxiliando nos projetos da casa, na sua manutenção e na limpeza", explica a ativista Lirous K'yo Fonseca Ávila, da Associação em Defesa dos Direitos Humanos com Enfoque na Sexualidade (Adeh) e que está à frente do projeto.
A pessoa tem asilo até o momento em que tiver recursos para custear dormitório ou local próprios.
Ao Guia Gay Floripa, Lirous contou que o projeto começou em janeiro e que o local, no Itacorubi, já chegou a ter oito pessoas abrigadas ao mesmo tempo.
"Hoje a casa conta com menos pessoas e dando suporte para as demais que já não estão na casa, que conseguiram alugar outros espaços. Temos pelo menos 10 pessoas assistidas sendo moradoras diretas ou não", explicou a ativista.
A criação e manutenção do espaço é totalmente voluntária e sem ajuda de nenhum órgão público.
A organização se reserva o direito de escolher quem será abrigado e avisa que há normas a serem cumpridas.
"A casa possui regras de entrada, convivência e saída e a garantia da permanência das pessoas se dá no cumprimento dessas regras. Essas regras são importantíssimas para o convívio, manutenção e administração do espaço."
Quem quiser ajudar pode contatar Lirous pelo Instagram (@lirouskyo) ou apoiar a casa pela campanha em site colaborativo clicando aqui.
"Aceitamos doações de roupas, alimentos, ideias e serviços que possam contribuir para o crescimento da casa", finaliza.