Neste domingo 22, os paraguaios vão às urnas para eleger seu novo presidente. Para LGBT, uma decisão ingrata: todos os candidatos são contra direitos da comunidade.
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O candidato governista do Partido Colorado, Mario Abdo Benítez, tem discurso contrário à legalização da união homossexual desde o início da campanha.
Já o presidenciável liberal, segundo a Folha de S.Paulo, mudou sua fala. Em seu programa, Efraín Alegre cogitou a aprovação de direitos para essas uniões, mas hoje é contra. A atitude contraria inclusive a legenda de coalizão, a esquerdista Frente Guasú.
Como sequer os partidos pequenos assumiram defesa das minorias, como LGBT e mulheres (todos também são contra o aborto), a comunidade arco-íris não tem opção. O voto é obrigatório no Paraguai.
Para Sergio López, da entidade LGBT SomosGay, a mudança de Alegre foi eleitoreira e vai de encontro à opinião pública, que é favorável às reivindicações de LGBT.
"Entendemos esses discursos nas eleições como discussão forçada", disse à reportagem. "É provocado por uma minoria muito ruidosa, com muito financiamento, mas já não opaca quem tem mente mais aberta."
Em fevereiro, pela primeira vez o Paraguai venceu um urso de prata no Festival de Berlim. O longa As Herdeiras, de Marcelo Martinessi, venceu troféus de novas narrativas e melhor atriz (para Ana Brun). O filme fala de um casal lésbico que precisa lidar com uma nova realidade quando vão à falência e surge uma nova mulher entre elas.