Um garoto de 11 anos ficou abalado após sugerir que a escola falasse da temática LGBT e, por isso, receber reprimendas severas da direção do colégio. Houve até indicação de tratamento da criança por conta da ideia.
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Nas redes sociais, Danielle Cristina, irmã do menino, relatou o episódio. A criança está no 6º ano da Escola Estadual Aníbal de Freitas, em Campinas (SP).
Em grupo de WhatsApp com alunos, pais e professores, o menino escreveu: "Oi gente então que tal a gente fazer um trabalho sobre o mês do lgbt etc... Eu acho uma ideia boa".
Uma hora e meia depois, uma mulher comentou no grupo: "Boa noite sou mãe de aluno e essa mensagem a cima e um absurdo".
Logo, a diretora do colégio escreveu: "Quem é vc por favor? Retire seu comentário, por favor. Muito obrigada. Diretora".
Vinte minutos depois, a coordenadora da escola já estava ao telefone com o garoto recriminando-o enquanto ele chovava.
Danielle afirma que chegou neste momento em casa. Perguntou rapidamente o que acontecia ao irmão e falou ao telefone com a mulher.
"Ele foi massacrado com tanto preconceito", desabafou Danielle nas redes sociais.
"Uma senhora que se diz coordenadora da escola chamada Maria Inês, ligou (...) acabando com ele, falando para ele retirar o comentário que no caso foi uma 'sugestão de estudo' se não iria remover ele do grupo da escola, falou para ele que era inapropriado/inadmissível/ que era um absurdo ele ter colocado aqui no grupo, que ele precisava de tratamento..."
Danielle contou que mandou áudios criticando a postura de pais e escola no grupo. Depois disso, o grupo foi bloqueado e só funcionários podem enviar mensagens
Ao G1, Danielle afirmou: "Eu não vou permitir que façam isso com meu irmão. A gente tem uma ótima relação com a minha mãe, mas ele mora comigo e com meu marido, porque ele prefere assim. Então eu sou responsável por ele. Aqui a gente fala sobre tudo, não temos preconceito."
E continuou: "Eu não vou permitir que façam isso com meu irmão. A gente tem uma ótima relação com a minha mãe, mas ele mora comigo e com meu marido, porque ele prefere assim. Então eu sou responsável por ele. Aqui a gente fala sobre tudo, não temos preconceito."
Danielle fez boletim de ocorrência para denunciar "preconceito e intimidação".
A Secretaria Estadual de Educação informou que vai enviar um supervisor de ensino à unidade para "tomar as medidas cabíveis" e disse que repudia qualquer tipo de preconceito "dentro ou fora do ambiente escolar".