Na sexta-feira 19, o delegado Charles Araújo, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros de Manaus, afirmou já ter provas de que a transexual Manuella Otto foi assassinada pelo policial militar Jeremias da Costa Silva.
O crime ocorreu no sábado 13 em motel na zona norte da capital amazonense. A suspeita é de que o policial se desentendeu com a vítima e atirou contra o peito de Manuella. Ela era atriz e professora.
“Ele passará por audiência de custódia e a gente vai finalizar a investigação por esses dias e encaminharemos os autos à Justiça para que proceda o processamento correto”, afirmou o delegado.
Câmeras de segurança do estabelecimento mostram Jeremias ameaçando atendente com arma de fogo ao tentar sair do local. Na sequência, ele derruba o portão e consegue fugir.
O policial se apresentou na delegacia no domingo 14 após ser constatado que o carro visto nas imagens estava registrado em seu nome. Ele prestou depoimento e foi liberado.
Na quarta-feira 17, foi expedido mandado de prisão preventiva contra ele por suspeita de crime e Jeremias foi preso na quinta.
Houve protestos durante a semana em frente à delegacia realizado por familiares e amigos de Manuella e ativistas LGBT com pedido pela punição do responsável.
"Nós tivemos que nos manifestar para pedir justiça, para pedir que esse crime não fique impune. A polícia prende, mas a Justiça solta. Esse é o nosso objetivo, por isso estamos aqui!”, disse a presidente da Parada do Orgulho LGBT Manaus, Bruna La Close, ao site Amazonas Atual.
A investigação deve ser finalizada nos próximos dias.
