A delegada Ivalda Aleixo, diretora do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), não vê indícios de homofobia na morte do jovem Leonardo Rodrigues Nunes, ocorrida na quarta-feira 12, em São Paulo.
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Segundo Aleixo, Leonardo, de 23 anos, reagiu a um assalto e foi baleado. A Polícia Civil acredita que ele foi alvo do chamado "golpe do amor".
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A prática de criminosos, que já vitimou também homens heterossexuais na cidade, consiste em se passar por outra pessoa em app de relacionamentos. Quando a vítima chega ao local marcado é surpreendida por assaltantes armados. Há casos em que o crime se desenrola em um sequestro.
A polícia recolheu notebook e celular de Leonardo para buscar trocas de mensagens com o suspeito. Os agentes também procuram por câmeras de segurança tanto da região onde o jovem morava quando na área em que foi morto.
Leonardo saiu de casa, no bairro central do Cambuci, na capital paulista, por volta das 23h da quarta-feira. Ele passou sua localização a amigos e chegou a dizer que se não desse sinal de vita até duas da manhã era para eles buscarem a polícia.
Cerca de meia hora depois, a polícia foi acionada para uma ocorrência no Sacomã, zona sul da cidade. Leonardo havia sido baleado. Ele foi levado a um hospital e lá faleceu.
O celular do jovem foi encontrado em Heliópolis, uma das maiores favelas de São Paulo, e que fica a menos de dois quilômetros do endereço onde Leonardo desembarcou de um carro do Uber.
No X (antigo Twitter), vários gays relataram na semana passada terem sido assaltados na mesma rua e do mesmo jeito: marcaram encontro por app e chegando ali foram roubados por homens que estavam em motocicleta.