Dançarino hétero é alvo de homofobia: 'Rebola seu gayzinho'

Durante intervalo de uma apresentação, profissional foi levado para parte de trás do bar e agredido

Publicado em 08/03/2024
Flávio Arcangeletti: dançarino hétero é confundido com gay e apanha em bar
Flávio levou socos e chutes enquanto ouvia ofensas homofóbicas

Um instrutor de dança heterossexual foi agredido após se apresentar em um bar por pessoas que acreditaram que ele fosse gay.

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Flávio Arcangeletti, de 29 anos, foi atacado no sábado 2, no bar Manguete, em São Vicente, litoral sul de São Paulo, onde trabalhava como dançarino.

Durante uma pausa em suas performances, o profissional foi abordado por dois homens foi levado à parte externa do estabelecimento e, lá, com ajuda de mais quatro pessoas, os suspeitos passaram a bater nele.

"Fui surpreendido pelo indivíduo e arrastado para fora de forma agressiva. Como estava surpreso pela atitude, fiquei sem reação e sem entender nada. Enquanto [o agressor] me arrastava para fora, ele falava [os xingamentos homofóbicos]", relatou Flávio ao UOL.

"Sabe que aqui não é lugar de viadinho ficar rebolando. Agora vamos conversar seu viadinho do caralho", teriam dito os agressores.

"Rebola agora seu gayzinho. Quero ver onde você vai rebolar agora bixinha", disseram.

O dançarino conta que um dos homens tentou arrancar os piercings de seu rosto. Um deles, tentou enfiar a mão na sua boca para puxar a joia do seu lábio, mas não conseguiu. No entanto, sua boca ficou com ferimento interno.

"Tentei me defender de diversas investidas de murros, chutes e até garrafadas", explicou. "Procurei só proteger minha cabeça para que eu não desmaiasse e me acontecesse algo pior. Durante todo o ato de covardia, eu escutei diversas coisas como 'rebola agora seu gayzinho'."

Flávio foi socorrido por seguranças do local, que afastaram os agressores. A polícia já identificou dois deles. O caso foi registrado como lesão corporal e injúria, além de ameaça.

Um dos agressores, segundo a polícia, enviou mensagens para o celular do dançarino alegando pertencer a uma facção criminosa e ameaçou contra sua integridade física e a de seu irmão, que tem 18 anos.

O bar afirmou que expulsou os agressores do local e prestou socorro à vítima. O estabelecimento também disse que não compactua com qualquer forma de discriminação.

 

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