Com o chavismo no poder, a cidadania LGBT plena estará longe. A opinião é da deputada trans venezuelana Tamara Adrián, do partido Vontade Popular.
“Não sei se conseguiremos alcançar direitos para as pessoas LGBT no curto prazo. Acredito que enquanto perdurar o regime chavista, homofóbico e transfóbico, é muito improvável que haja direitos, mas isso justamente nos obriga a lutar pela democracia e pela mudança política”, disse ao site Infobae.
Uma estratégia para derrubar tantos impedimentos está definida. Adrián pensa em criar um partido político para que pessoas da comunidade possam concorrer nas próximas eleições.
“A ideia é criar um partido político absolutamente transversal onde todas e cada uma das possíveis minorias estejam presentes: pessoas LGBT+, mulheres, pessoas com deficiência e idosos”, disse a parlamentar, a primeira trans do país.
Segundo ela, parte da população venezuelana não participa dos processos eleitorais ou das mobilizações contra o governo de Nicolás Maduro porque não confia nas instituições.
Apesar da iniciativa, a deputada reconheceu que é possível que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) negue o registro do partido, como aconteceu em 2016 quando o CNE negou legalidade a três grupos políticos, incluindo o de Adrián, por serem provenientes do ativismo LGBT, denuncia.