Para ficar mais próximo da realidade, o discurso de muitos ativistas LGBT deverá mudar. Estudo da mais importante entidade arco-íris do mundo, a Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexual (Ilga) divulgado na segunda 15, mostrou que o Brasil não tem apenas notícias ruins sobre a questão LGBT. E mais: chega a ser exemplo para países de Primeiro Mundo.
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Pelo levantamento, o Brasil é mais avançando na proteção e no reconhecimento da cidadania LGBT que EUA e Canadá, por exemplo. Na América, só Uruguai, Colômbia e Equador superam o País, e por pouco.
A avaliação vem da análise dos critérios adotados pelo estudo, o mais amplo e completo que existe no planeta.
Como proteção à cidadania LGBT, há sete critérios. São eles inclusão de orientação sexual no plano nacional de direitos humanos, lei para proteção no emprego, vedação à incitação de ódio, outras formas de proteção legal, proibição da "cura gay", punição por discriminação e explicitação contra discriminação ao segmento na Constituição. O Brasil só não tem o último.
Uma observação é feita pelo estudo no quesito punição por discriminação. Reconhece-se que o Brasil não tem lei fereral sobre o caso, entretanto, leis municipais e estaduais abrangem 78% da população, índice tido como muito positivo.
Outra área de quesitos diz respeito ao reconhecimento de uniões. Aí o Brasil marca pontos nos três primeiros: casamento, união civil e adoção conjunta. Deixa a desejar apenas na adoção por segundo pai ou segunda mãe.
Em existência de cada item de proteção e reconhecimento, Colômbia, Equador e Uruguai marcam nove; Brasil, oito; Canadá e México, sete; Argentina e EUA, seis.
Veja íntegra do estudo Homofobia de Estado 2017, da Ilga, em espanhol, aqui.