O número de assassinatos de pessoas trans no Brasil caiu em 2022 em relação ao ano anterior. A quantidade (131 casos) é a segunda menor dos úlitmos seis anos.
Em 2021, a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), que é responsável pelo levantamento, tinha registrado 140 mortes violentas.
A linha do tempo é composta por 179 casos em 2017, 163 em 2018, 124 em 2019 e 175 em 2020.
A metodologia inclui informações tiradas de notícias em veículos de comunicação, mídias sociais, processos judiciais e relatos ouvidos pela entidade.
A Antra afirma enfrentar dificuldades para realizar o estudo e pode haver subnotificação.
O levantamento traz dados sobre a etnia das vítimas, os quais mostram vulnerabilidade maior das pessoas negras.
"Pelo menos 76% das vítimas em 2022 eram travestis/mulheres trans negras. Analisando os índices de assassinatos entre 2017 e 2022, a média de pessoas trans negras assassinadas é de 79,8%, enquanto para pessoas brancas esse índice cai para 20%", registra o documento.
A entidade afirma que o Brasil é, por 14 anos, líder mundial em assassinatos de pessoas trans. Entretanto, não existe ranking com essa amplitude.
Para ler o Dossiê Assassinatos e Violências contra Travestis e Transexuais Brasileiras em 2022, clique aqui.