Áreas gays de capitais têm mortes e violência no carnaval

Em Floripa, houve dois casos claros de homofobia. Em SP, agressão levou um à morte. No Rio, caso ainda é indefinido

Publicado em 01/03/2017
Ruan Kaique, morto em Copacabana, durante o carnaval
Jovem Ruan Kaíque foi encontrado morto em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro

Áreas de grande concentração do público gay tiveram mortes violentas de pessoas jovens durante o carnaval.

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Em São Paulo, o barbeiro João Paulo Garrido, de 21 anos, morreu após se envolver em uma briga (ou ter sido atacado) na Rua Peixoto Gomide, na Consolação, uma das vias que mais concentram público LGBT na cidade.

Quando o socorro chegou, encontrou o rapaz desacordado próximo ao meio-fio. João Paulo morreu horas depois na Santa Casa, no domingo 26. A polícia está buscando as câmeras de segurança da região e procura testemunhas para esclarecer o crime.

No Rio, o estudante paulista Ruan Kaike dos Santos, de 22 anos, que era homossexual assumido e estava na cidade para celebrar o carnaval, foi encontrado nu e desacordado na orla de Copacabana, na Zona Sul, na madrugada da segunda-feira 27. Levado ao hospital, Ruan faleceu na terça-feira. Na imprensa e nas redes sociais, as especulações vão desde morte por afogamento quanto violência homofóbica.

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Jovem foi agredida em Floripa por defender casal de amigas lésbicas

Em Floripa, dois episódios lamentáveis que, ao menos, não terminaram em morte. No sábado 25, uma garota levou um soco no rosto após defender um casal de lésbicas porque uma delas recusou um beijo do agressor após o Bloco dos Sujos, um dos mais tradicionais, no Centro, e com muitos LGBT.

Já na Lagoa da Conceição, bairro que concentra grande número de festas gays durante o verão na capital catarinense, o casal Vítor Delboni e Leomir Busch foram agredidos apenas porque trocaram um beijo na saída do ensaio da escola União da Ilha da Magia, no domingo. No dia seguinte, o Conselho Municipal de Direitos LGBT fez manifestação com 50 pessoas no mesmo local da agressão. 

Em resposta oficial, a agremiação afirmou que a instituição não tem preconceito e que o agressor não pertence a seus quadros. 


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