Uma pesquisa revelou que a homofobia na Rússia continua alta. Bem alta.
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Cerca de um terço (32%) dos russos acredita que gays e lésbicas deveriam ser isolados da sociedade.
Pior: outros 18% responderam que este mesmo grupo deveria ser "eliminado" ou "liquidado".
Dentre os mais "tolerantes" estão outros 32% que disseram que homossexuais deveriam ser deixados por conta própria e 9% falaram que o mais certo seria ajudá-los.
O estudo do Levada Center entrevistou 1.614 pessoas nas áreas rural e urbana do país entre 20 e 26 de fevereiro.
Homossexuais só são mais tolerados que terroristas e pedófilos (três quartos das pessoas gostariam de eliminá-los) e assassinos, extremistas/radicais e membros de seitas religiosas.
Feministas também são mal vistas: 9% são favoráveis a sua "liquidação", 18% queriam isolá-las, 41% as deixariam por conta própria, 13% consideraram ajudá-las e 19% acharam difícil responder a questão.
A pesquisa é realizada irregularmente desde 1989. Em seu primeiro ano, 35% responderam querer "eliminar" gays e lésbicas. Este número caiu para 21% em 2015 e mais três pontos agora.
No entanto, em 1999, a aceitação atingiu seu degrau mais alto. Naquele ano, 15% queriam "eliminar" homossexuais e "só" 23% gostariam de isolá-los.
Dentre outros grupos alvos do estudo, a tolerância cresceu bastante. Em 1989, apenas 53% achavam que deveriam prestar assistência a pessoas com HIV - hoje somam 79%. O apoio a pessoas sem-teto subiu de 42% para 88%.
Outros grupos mais tolerados que gays e lésbicas são - nesta ordem - alcoólatras, pessoas com deficiência mental grave, prostitutas e viciados em drogas.