Quando à frente das lentes, o produtor de conteúdo pornô Boy Lixo usa sua força física para massacrar os passivos. E isso faz sua fama! Mas ele tem outro lado para mostrar...
Marcelo Russo, nome real dele, tem ocupado boa parte de seu tempo nos últimos meses atrás das câmeras e vestido!
Essa façanha é feita por uma boa causa: ele tem gravado documentário sobre o ainda pouco discutido universo do chemsex dentre homossexuais.
"A idéia surgiu de entrevista que eu vi num canal de notícias gays. A matéria era tão mal conduzida... E a mensagem se perdia na linguagem que eles usaram. Então eu pensei 'Posso fazer melhor!'. E agora estou tirando a idéia do papel.”
A produção, chamada “Sexo, Drogas e o que Sobrou”, fala do uso de drogas que potencializam as sensações durante o sexo. Bom? Pode ser! Mas há as consequências, tais como o vício e até a morte.
Marcelo quer entender o comportamento de quem faz "sexo químico" e falar das dimensões físicas, psicológicas e sociais envoltas nessa prática.
“Quero entender as motivações de cada um por trás do chemsex e como podemos desmistificar a imagem que usuários de drogas recreativas têm na socidade”, afirmou o publicitário ao Guia Gay.
A produção, que ainda está em andamento, foca em histórias reais de indivíduos afetados. Tudo, defende Marcelo, sem estigmatizar e com o objetivo de educar o público sobre os riscos e as vulnerabilidades desse universo.
A brutalidade que o Boy Lixo exerce nas suas produções pornográficas ficou aí. Para seu papel como documentarista, vale a delicadeza somada a mais conhecimento.
"Dediquei-me ao aprendizado técnico e tenho preocupação em fazer abordagem ética, com responsabilidade e respeito pelas histórias pessoais dos entrevistados. Quero provocar diálogos construtivos sobre sexo, drogas e saúde mental."
A estreia do documentário ainda não tem data.