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Informações para o voto LGBT se fortalecer nesse grande momento da democracia

Ativista LGBT, Daniel Antunes é candidato a vereador de Floripa

Militante e umbandista disputa vaga na Câmara pelo Psol e quer garantir direitos de um Estado laico

Publicado em 18/09/2016
Daniel Antunes - candidato gay fala de direitos LGBT e propostas para eleição à Câmara Municipal de Floripa
Candidato diz ter escolhido Psol porque partido não se envolve em corrupção

Aos 31 anos, o administrador Daniel Antunes quer trazer sua luta pelos direitos LGBT à Câmara Municipal de Floripa. Ele é candidato a vereador pelo PSOL nas próximas eleições.

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Abertamente homossexual e atento às pautas arco-íris desde o grêmio estudantil no Ensino Fundamental, Antunes integra o Setorial LGBT de sua legenda, do Fórum Diversidade Florianópolis e participou de movimentos de rua pelo combate à opressão e a conquista de direitos sociais e civis.

Ao Guia Gay Floripa, o candidato explica o que o motiva a lutar por uma cadeira no Legislativo e fala da importância de mantermos um Estado laico. Confira:

Por que se candidatar a vereador?
Para representar e mobilizar a população LGBT de Florianópolis frente à crescente onda conservadora que, com o golpe, visa retirar e impedir nossos direitos. A minha candidatura surge, assim, de um coletivo de lutas, do Setorial LGBT do PSOL, que propõe abrirmos um espaço de diálogo e mobilização na cidade com todas e todos que consideram importante uma sociedade mais inclusiva e que respeita o direito de todas as pessoas, independente de sua orientação sexual, identidade de gênero, cor, credo ou etnia.

Parte também da minha história de militância politica, que iniciou no grêmio estudantil, passando por entidades municipais e estaduais de estudantes e hoje continua na luta contra as opressões e pelos direitos sociais e civis de todxs. ?Minha vida como gay e umbandista me faz perceber a importância de um Estado laico, que garanta o direito de ser e de expressar a minha espiritualidade.

Tudo isso me motiva a representar esta diversidade de pessoas, construindo uma alternativa democrática e inclusiva para atuar na Câmara de Vereadores de Florianópolis.

Por que escolheu o Psol?
Pela coerência com o que acredito. O conteúdo programático e o projeto de sociedade socialista que o PSOL defende buscam acabar com as injustiças sociais e com toda forma de opressão que o capitalismo impõe, dentre elas, a opressão de gênero.

É um partido democrático, que considera importante o protagonismo dos diversos setores e das organizações populares, e que luta pela equidade de direitos. Um partido que não se envolve em corrupção nem recebe dinheiro de grandes empresários,  o que o torna, assim, uma alternativa de esquerda à falência ética dos partidos tradicionais.

Quais são suas principais bandeiras?
Lutar pela efetivação de uma cidadania plena, em que todas as diferenças tenham vez e voz. Nisso inclui-se: o combate às opressões das populações LGBT, negros e negras, mulheres e outras minorias; a ampliação de direitos civis e sociais da população LGBT; o debate sobre a política de drogas no município, por meio da saúde e não da criminalização; o direito à livre expressão religiosa, de cultos e espiritualidades; uma proposta de cidade que se desenvolva para a manutenção de toda forma de vida.

Qual tem sido a maior dificuldade na campanha?
A redução do tempo de campanha tem impossibilitado o aprofundamento de debates importantes e o curto tempo de TV da nossa coligação também tem sido um obstáculo.


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