Primeira transexual a usar nome social na UFSC se forma

Patrícia Aguilera ingressou na universidade em 2011 e graduou-se em Arquivologia

Publicado em 22/08/2015
Patricia Aguilera, primeira transexual a usar nome social na UFSC, se forma
'Não foi uma conquista só para mim', diz Patricia Aguilera

Nesta semana, Patrícia Aguilera conseguiu mais um feito em seu pioneirismo: tornou-se a primeira transexual a usar nome social a se formar na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

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Graduada em Arquivologia, ela também foi a primeira no Estado a conseguir a retificação do nome na Justiça de Santa Catarina. Isso quer dizer que além de ser tratada na sala de aula como mulher, Patrícia teve seu nome escrito no diploma.

O uso do nome social por alunos e alunas trans foi aprovado na universidade em 2010, mas só no ano seguinte, quando Patrícia ingressou na UFSC, é que o direito foi usado pela primeira vez. E ainda assim foi preciso bastante empenho de Patrícia. “Participei de um monte de reuniões, conversei com reitor. Eu dizia ‘o que eu vou fazer na sala com nome de homem?", conta.

Vencida a batalha, vieram os louros: Patrícia era tão querida no campus que foi eleita oradora da turma. E sabe que deixou um legado importante. 

"Não foi uma conquista só para mim; é como um filho que não gerei sozinha, mas que teve minha parcela de contribuição. Acredito que as coisas serão mais fáceis para os próximos. Em algumas horas a gente precisa se impor, eu sempre soube disso, mas também tem hora de pedir e conversar. E foi assim que eu consegui as coisas”, explica.


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