Por Welton Trindade
O arco-íris LGBT com sete cores! E com mais orgulho ainda! Neste 20 de novembro, em que se celebra o Dia da Consciência Negra, listamos artistas, políticos, ativistas e gestores públicos LGBT que empunham a bandeira tanto da negritude quanto da questão da diversidade de orientação sexual e identidade de gênero. Racismo e homofobia, não passarão!
Leci Brandão
Uma das primeiras cantoras a se declarar lésbica, a carioca Leci está no segundo mandato na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Dentre os projetos de lei que já apresentou, estão o da inclusão do nome social de travestis e transexuais nos documentos das instituições de ensino do Estado e o que facilita denúncias de homofobia feitas por moradores do interior de São Paulo.
Jean Wyllys
Famoso primeiramente por ganhar a quinta edição do Big Brother Brasil, Wyllys jamais se envergonhou de ter participado do reality show da Rede Globo. Aliás, vergonha é uma coisa que não lhe cabe. Ele tem orgulho de sua etnia, de ser gay e um dos deputados mais combativos no Congresso Nacional. Recentemente, foi incluso pela revista The Economist na lista das 50 personalidades que mais lutam pela diversidade no mundo.
Cláudio Nascimento
Ex-presidente da ABGLT e do Grupo Arco-íris, do Rio, Cláudio firmou-se com um dos principais nomes do ativismo LGBT no Brasil. Desde 2007, sua força está a serviço de políticas públicas para LGBT no Estado fluminense, onde atua na Secretaria de Direitos Humanos. Sob sua responsabilidade está o Rio sem Homofobia, que, dentre outras ações, oferece apoio a LGBT vítimas de violência.
Marcelo Cerqueira
Morador da maior cidade com habitantes negros fora da África, Cerqueira é presidente do histórico Grupo Gay da Bahia, referência nacional e internacional de entidade LGBT. O historiador lidera a Parada Gay da Bahia, que reúne cententas de milhares de pessoas e tem extensa programação. Sua atuação política o faz influente junto a gestores públicos de Salvador e da Bahia.
Martn'ália
Filha de pai famoso, Martinho da Vila, a intérprete de 50 anos trilhou caminho próprio e desde o início da carreira deixou clara sua orientação sexual, seja em entrevistas ou em suas próprias composições. Afinal, por que não usar pronomes femininos se o desejo ou paixão a quem se refere é por uma mulher? Na série da Rede Globo Pé na Cova vive uma homossexual machona, a Tamanco, que com humor pisoteia preconceitos.
Silvetty Montilla
Dos palcos de São Paulo para os canais de televisão e cinema, Silvetty é uma das artistas da cena gay mais bem sucedidas do país. Seu repertório não é feito só de bordões e tiradas divertidas. Bastante politizada, já se candidatou a vereadora e deputada estadual por São Paulo. Atualmente é filiada ao PV. Foi escolhida, por formadores de opinião, em eleição promovida pelo Guia Gay São Paulo, a LGBT mais influente de 2014 da cidade.
Rico Dalasam
Ser negro, pobre e gay e ainda ter raízes no hip-hop não foram obstáculos para Dalasam, que nasceu e se criou na periferia de São Paulo. Em um gênero tradicionalmente homofóbico, o rapper tem conquistado fãs e ganho cada vez mais respeito da crítica e de artistas do gênero. Suas letras falam da vida de excluídos e passa mensagem de empoderamento.
Luciano Palhano
O recifente é coordenador nacional do Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (Ibrat), entidade cuja missão é visibilizar a questão dos homens trans e cobrar políticas públicas para o segmento. Palhano tem objetivo tanto de ajudar a organização da rede pelo Brasil quanto dar apoio ao número cada vez maior de homens trans que assim se descobrem.
Narciso Junior
Vindo de atuação no ativismo LGBT em Maracanaú, região metropolitana de Fortaleza, atualmente é responsável pela Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para LGBT cearense. Narciso tem diversos trabalhos nas cidades do interior e junto a diversos movimentos sociais. As ações estão unidas dentro da campanha Ceará de Cidadania contra Homofobia.
Keila Simpson
A maranhense é uma das lideranças travestis mais respeitadas do Brasil. Foi presidente da Articulação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) e a primeira trans presidente do Conselho Nacional de Combate à Discriminação, em Brasília. Moradora de Salvador, recentemente coordenou centro de referência LGBT de apoio a vítimas de violência. Continua seu trabalho na Associação de Travestis da Bahia (Astraba).
